Papo de veterano: o que eles pensam sobre as bolsas acadêmicas?

O Guia do Calouro entrevistou a veterana de Jornalismo, Carina Andion, e o veterano de Publicidade, Rafael Duncan, para saber o que os ex-bolsistas têm a falar sobre suas experiências como bolsistas.

Carina Andion é estudante do 8º período de Jornalismo. Durante os três anos e meio de faculdade, foi monitora da disciplina Introdução ao Radiojornalismo e bolsista de extensão do projeto Universidade no Ar, ambos ministrados pela Profª Ana Baumworcel, ou Ana Baum, como é mais conhecida.
Rafael Duncan é estudante do 6º período de Publicidade. Entre abril de 2008 e janeiro de 2009, período em que cursou os 3º e 4º períodos, foi bolsista de extensão no Núcleo de Comunicação Social (NUCS) da UFF, supervisionado pela assessora de Comunicação Social e Eventos da Editora da Universidade Federal Fluminense (Eduff), Ana Paula Campos.

A seguir, eles contam suas experiências:

Guia do Calouro: Carina, como ex-bolsista de monitoria e projeto de extensão, em qual atividade a exigência foi maior?

Carina Andion: A monitoria exige mais dedicação e tempo, porque o bolsista tem que acompanhar as aulas e ser o 'professor' em algumas horas. Na extensão, temos um pouco mais de 'flexibilidade' quanto ao local e horário das atividades, porque são trabalhos mais independentes. Teoricamente, todos os alunos das atividades de extensão já têm uma base teórica de disciplinas anteriores, e agora partem para a aplicação prática. Entretanto, a exigência quanto à execução do projeto é maior, pois a atividade pode vir a ser veiculada fora. (No projeto Universidade no Ar, coordenado pela professora Ana Baum, o trabalho final é transmitido na Rádio CBN).

GC: E o que motivou vocês a se candidatarem às bolsas?

Carina Andion:
Na bolsa de extensão, poderia aplicar na prática o conhecimento já adquirido. Além disso, teria a responsabilidade de trazer para o professor o material desenvolvido ao longo do semestre, pois quem 'toma conta' e cobra os prazos dos grupos são os bolsistas. Com a monitoria, poderia trocar experiências com os alunos e atuar um pouco como 'editora' na hora de ajudá-los a finalizar os trabalhos.

Rafael Duncan: Eu queria muito estagiar no 3º período. Alguns colegas de turma já estavam estagiando e eu estava começando a me sentir para trás

GC: E o 3º período é um bom momento para correr atrás de bolsas?

Rafael Duncan: De modo geral, os coordenadores preferem alunos que estejam no 3° ou 4° período. Os que estão abaixo disso são considerados inexperientes e os que estão acima são considerados experientes demais. Ou seja, são alunos que já procuram estágios maiores e mais bem remunerados. Se, por ventura, fossem contratados, a dedicação ao projeto tende a ser menor.

GC: E que aprendizados vocês tiraram das experiências?

Carina Andion:
Aprendi que com mais prática na área, conseguimos desenvolver projetos e trabalhos melhores; ficamos mais dinâmicos para lidar com perfis de alunos muito diferentes e ideias diversas; a nossa experiência anterior ajuda os novos alunos; e a avaliação final feita pela banca durante a Semana Acadêmica nos faz selecionar melhor nossos argumentos para mostrar a importância dessas disciplinas para a faculdade.

Rafael Duncan: O projeto na UFF, embora fosse pequeno e não tivesse uma remuneração tão boa, me ensinou bastante coisa. Aprendi como atuar no ambiente de uma micro empresa, como lidar com colegas de trabalho e superiores. Como trabalhava numa editora, aprendi também a lidar com materiais gráficos, tais como tipos de papel, uso das cores, design das peças, acompanhamento do processo na gráfica, dentre outros. A experiência foi super válida.

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